Centro de Vivência ILUM
Premio de participación: Premio Panamericano
Categoría de participación: Edificios Administrativos, Institucionales y Corporativos
País de representación: Brasil
Participantes:
- Arq. Gabriel Manzi
- Arq. Ivo Magaldi
- Arq. Luis Pompeo
- Arq. Luiz Florence
- Arq. Moreno Zaidan
- Arq. Tiago Oakley
Memoria
O Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM) opera quatro laboratórios Nacionais e é o berço do projeto mais complexo da ciência brasileira. O Sírius, um dos três aceleradores de partículas de quarta geração no mundo, foi inaugurado em 2019 e já contempla 15 linhas de luz, oferecendo uma contribuição sem precedentes para a ciência brasileira e mundial. Além do LNLS (Laboratório Nacional de Luz Síncrotron) que opera o acelerador, o CNPEM também abriga outros três laboratórios de suma importância: o LNBIO (biociências), o LNNano (nanotecnologia e microscopia) e o LNBR (biorrenováveis).
O CNPEM expandiu suas atividades com a abertura da Ilum Escola Superior de Ciência – curso de graduação inovador e interdisciplinar em Ciência, Tecnologia e Inovação, com o objetivo de formar quadros de novos pesquisadores e cientistas. Com enfoque amplo, o curso busca trazer uma sinergia entre as diversas áreas do conhecimento que se encontram no campus.
Portanto, o projeto do Centro de Vivência ILUM, um posto avançado da escola no campus CNPEM, assumiu o papel de materializar e espacializar esta missão de integração. Reconhecendo a vocação do curso em integrar conhecimentos e disciplinas, como escolha da proposta vencedora de concurso de projeto, definimos uma posição para o Centro de Vivência da Ilum que fosse capaz de ser um articulador entre a cota do campus, onde se localizam todos os laboratórios do CNPEM, e a cota do aterro do Sirius, atualmente 6 metros acima do restante do terreno.
Situado próximo à única escada de conexão entre o antigo campus e o Sirius, o pavilhão da ILUM foi implementado junto ao talude, conectado por 2 passarelas de acesso, elevadores e escadas, permitindo a acessibilidade universal de todos os pesquisadores no campus, dando um valor renovado a um trajeto cotidiano de quase uma comunidade cientítifca. Entre as rampas, foi concebida uma arquibancada, para aulas abertas, conferências e exposições localizadas no átrio central. O programa de atividades original inclui salas de aula, salas de estudos individuais, auditório, biblioteca, e espaços para descanso.
Sobre uma cobertura em laje jardim, dotada de apoio para eventos, paira uma cobertura de madeira engenheirada, com coberturas translúcidas nos átrios de pé-direito duplo. O espaço sombreado pela cobertura leve é um dos poucos – senão o único – local no CNPEM onde se pode encontrar uma vasta abertura visual, uma integração desimpedida com a abundante massa arbórea do campus, tudo isso em uma sensação térmica amena, frente ao clima quente de Campinas.
A 23 Sul assumiu não apenas o projeto de arquitetura, como também a coordenação geral de todas as disciplinas de projetos complementares. O projeto teve toda a sua modelagem tridimensional, análise, documentação, quantificação, validação, detecção de interferências e compatibilização desenvolvidos na metodologia BIM. O uso da metodologia foi fundamental para melhor compreensão da proposta, da consolidação do orçamento de obras, das soluções técnicas e das tomadas de decisões por parte da equipe contratante e de projetos complementares, além de antecipar possíveis problemas outrora encontrados apenas durante a etapa de construção.